quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Selo de Empreendimento Brasil Quilombola.


As geléias das mulheres quilombolas está sendo o maior sucesso, após a venda bem sucedida em dois eventos promovidos pela ASSUFSM, agora elas estiveram na Bahia a contive da SEPPIR, para receber o Selo Brasil Quilombola das mãos do Ministro da Igualdade Racial Edson Santos, devido ao seu empreendedorismo. Estavam presentes na ocasião, também, a Presidente da Caixa Econômica Maria Fernanda, o representante do Programa Luz para Todos, Sr. Shinji Yoshino e a Sra. Ivonete Carvalho, coordenadora da SubCom da SEPPIR.

A entrega do Selo Brasil Quilombola foi realizada em Salvador, no dia 20/11/2009, dia em que reflete sobre as razões da Morte de Zumbi dos Palmares, dia da Consciência Negra.
Agora as Geleías Quilombolas poderão ser comercializadas em todo o Brasil, para emcomendas basta ligar: 55 99050486 ou enviar um e-mail para geleiaisquilombolas@gmail.com .

Despertando Africanidades na Escola Major Tancredo

Foram realizadas oficinas de Artesanato e Cultura AFRO com os alunos da comunidade quilombola de Arnesto Penna (em Palma), na Escola Major Tancredo, no dia 13/11/2009, sexta-feira.
Durante a manhã os alunos das séries iniciais aprenderam a fazer máscaras afro e seus significados: recontar histórias de antepassados; Pela tarde os alunos das séries finais aprenderam algumas histórias, culturas e curiosidades sobre a África, além, também, de recriar máscaras ou atabaques (tambores) africanos. As oficinas foram ministradas pelo artista plástico Arteiro, pesquisador e especialista em Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Neste mesmo dia a prof. Ms. Carmen Deleacil, coordenadora do NEAB - UFSM reuniu-se com as professoras da Escola Major Tancredo, a fim de discutir a Lei 10.639/03, suas diretrizes e planos de ações para a implemnentação desta no PPP da escola.
A Escola Major Tancredo Penna de Moraes se localiza em Palma, 8º Distrito de Santa Maria e dentre os alunos regulares estão jovens (e adultos) da Comunidade Quilombola Arnesto Penna.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Venda de geleias nesta sexta

Nesta sexta-feira, dia 30, a partir das 21h, ocorrerá mais uma jornada de vendas das geleias produzidas pelas comunidades quilombolas da região. A feitura das geleias é realizada com a coordenação da professora Neila Richards, do Centro de Ciências Rurais, com a parceria da ASSUFSM. O local das vendas será a Sede Campestre da ASSUFSM. Na mesma ocasião estar-se-á realizando o Jantar Comemorativo ao Dia do Funcionário Público.

Triagem Odontológica no Distrito de Palma


No dia 17 de outubro a comunidade do 8º Distrito de Palma recebeu a visitação do projeto "Condições de Saúde Bucal e Qualidade de Vida em Comunidades Quilobolas do Sul do Brail", coordenado pela Professora Doutora Kátia Braun. Na ocasião, as atividades foram desenvolvidas pelos Mestrandos Aline Krüger Batista e Jesseye Malgarejo do Amaral Giordani, contando ainda com a presença da Professora Beatriz Unfer.

A atividade teve por objetivo avaliar como a saúde e o trauma bucal podem afetar a qualidade de vida e a auto-estima das crianças e das comunidades quilombolas como um todo. Estima-se que 89% dos moradores tenham passado pela triagem. Na última sexta-feira, dia 23, os moradores nos quais foi detectada a necessidade de acompanhamento odontológico foram encaminhados para iniciar tratamento junto à UFSM.

Além dos exames prestados, foram desenvolvidas atividades de recreação com as crinças do distrito, bem como foi oferecido um almoço à equipe de trabalho.

Neste mesmo dia, (17), a Professora Doutora Marta Íris Messias da Silveira coordenou oficinas de integração que visaram trabalhos manuais e embelezamento. Todas as atividades desenvolvidas obtiveram ampla receptividade por parte da comunidade.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Dia de Campus

No dia 03 de outubro de 2009, o Eng. Agronômo Diniz Fronza, do Colégio Politécnico da UFSM, proporcionou às Comunidades Quilombolas de Restinga Seca, Formigueiro e Palma, envolvidas no Programa Pilão, um dia pleno de ATIVIDADES DE CAMPO, em que trabalhou com "seus alunos" práticas de cultivo de frutíferas como podas e prevenção de pragas e doenças nas plantas.






O dia começou com um apalestra em local fechado e depois se extendeu durante a tarde em locais de cultivo de frutíferas, no Colégio Politécnico. Os alunos quilombolas aprenderam técnicas de plantio, podas e quais são os produtos ideais para a prevenção de doenças, sem fazer uso de produtos tóxicos, uma vez que estas comunidades usam seus cultivares para comercialização e em sua alimentação.



A principal preocupação do Programa é proporcionar aos quilombolas alternativas de geração de trabalho e renda às suas pequenas e produtivas propriedades, o que foi de encontro ao projeto do Prof. Diniz que "visa nestas pequenas práticas novas oportunidades de crescimento", segundo Vânia Paulon, coordenadora executiva do Programa.

Painel: Questões Ambientais em Palma

Ocorreu no dia 25 de setembro de 2009, sexta-feira, o Evento/Mateada Questões Ambientais em Palma, no Salão da Igreja da Nossa Sra. da Saúde, na RS 509, em que esteve presente toda a Comunidade Quilombola Arnesto Penna Carneiro.

Neste dia foram apresentadas e debatidas ações realizadas pela Rede de Educação Ambiental da Bacia Hidrográfica dos rios Vacacaí e Vacacaí-Mirim e pelo Programa Pilão: Presença Negra no Campo nas comunidades próximas a Palma, 8º Distrito de Santa Maria.

Apresentaram seus trabalhos o Dr. João Marcos Adede y Castro (2ª Promotoria Especializada de Defesa Comunitária), a Coordeandora Executiva do Programa Pilão, a profª. Josiane Aparecida Silveira (da E.M.E.F Major Tancredo Penna de Moraes) e o Eng. Agronômo Carlos Renan Dotto (responsável pela REA).

Neste dia, também, foi proporcionado às crianças um dia de atividades diferenciadas com a apresentação artística do Grupo de Dança Juvenil do CTG Sentinela da Querência e a Oficina de Tranças realizada pela Profª. Drª em Educação Física Marta Messias.

I Fórum Despertando Africanidades



Iniciou no dia 24 de setembro de 2009 o I Fórum Regional Despertando Africanidades, em que a Profª. Ms. Carmen Deleacil leva às Comunidades Quilombolas palestras que visam apresentar a Lei 10.639/2003 e suas diretrizes aos cidadãos diretamente envolvidos e afetados por ela.


O Fórum visa também realçar as personalidades negras brasileiras, com a finalidade de despertar nos quilombolas o interesse e a curiosidade em descobrir onde está a sua Africanidade e quem são os herois negros atuais e/ou que existem entre eles.


"A ideia de se despertar a Africanidade existente nestas pessoas surgiu da necessidade de se mostrar a estas pessoas que os negros podem e fazem mais do que estão acostumados a ouvir nas escolas e na sociedade em que estudam e convivem, respectivamente, tanto que hoje existe a Lei 10.639/2003 que obriga a todas as Escolas a ensinar História e Literatura Africana e Afro-Brasileira, assim como exaltar estas culturas", diz Carmen Deleacil, coordenadora do Fórum e do Núcleo deEstudos Afro-Brasileiros (NEAB) da UFSM.


Estética Afro para as Quilombolas



A Profª.Drª. Marta Messias está ministrando oficinas de Estética Afro dentro das Comunidades Quilombolas de Formigueiro, Restinga Seca e Palma.


O projeto faz parte do Programa Pilão em colaboração com o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da UFSM, coordenado pela Profª.Ms. Carmen Deleacil.


A ideia é elevar a auto-estima e o reconhecimento acerca de si mesma às mulheres quilombolas.


Nestas oficinas, as mulheres e meninas aprendem a trançar cabelos e descobrem novos significados dados a estes penteados, além de aprender noções básicas de tratamento de cabelos, pele, mãos, etc.


As oficinas ocorrem em dias alternados a fim de atender a todas as comunidades envolvidas no Programa.

Educação Ambiental no Arnesto Penna

No dia 21 de setembro de 2009, o Eng. Agronômo Carlos Renan Dotto, foi à Comunidade Quilombola de Palma apresentar seu trabalho sobre educação ambiental e coleta de resíduos sólidos.



A comunidade participou e discutiu sobre sua situação atual, chegando-se à conclusão de destinar um espaço para que as familias da comunidade possam depositem seus resíduos.


Também, neste dia, foi construído o contentor de lixo e ficou agendado para outra visita atividades práticas em que o professor ensinará aos quilombolas a separam os resíduos sólidos e fazer uma limpeza coletiva na comunidade, além de fossas de compostagem.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Comercialização de Delícias no Seminário da ASSUFSM



Estão sendo comercializados no anexo ao anfiteatro do prédio 18 da UFSM os alimentos produzidos durante o Seminário de Derivados de Frutas e Hortaliças para as comunidades quilombolas, com a Profa. Dra. Neila Richards. Os interessados em conferir a qualidade das iguarias pode fazê-lo no mesmo local das vendas, uma vez que a degustação também está sendo oferecida no espaço. Esta é apenas mais uma das etapas do Programa Pilão - Presença Negra no Campo, visando dar espaço ao conhecimento às habilidades de cada um dos cidadãos atendidos.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Novidades no Programa Pilão



O Programa Pilão – Presença Negra no Campo agora conta com uma assessoria de comunicação. O serviço de assessoria visa publicar, os eventos, as palestras, os seminários e toda a gama de atividades que contemplam os participantes do programa.

A atualização constante deste blog, bem como a veiculação de notícias referentes ao projeto nos meios de comunicação da cidade e da região também fazem parte deste serviço de comunicação. Toda e qualquer dúvida e/ou sugestão pode ser enviada para o email projetopilaopaz@gmail.com.

Em breve estaremos publicando aqui, neste endereço, a trajetória do Programa Pilão – Presença Negra no Campo desde sua criação até os trabalhos atuais.




Ananda Müller
Assessoria de Comunicação do Projeto Pilão – Presença Negra no Campo

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Seminário de Derivados de Frutas e Hortaliças




Foi realizado, no CCR da UFSM, um Seminário de Derivados de Frutas e Hortaliças para as comunidades quilombolas, com a Profa. Dra. Neila Richards.



O evento foi organizado em duas etapas: a primeira ocorrida no dia 12/08/09, em que foi ensinado as alunas quilombolas como processar alimentos produzidos nas próprias comunidades, como a geléia de tomate e de laranja. Que ficaram muito boas por sinal.

Na segunda etapa do evento, no dia 21/08/09, as alunas aprenderam a conservar alimentos e a desidratá-los, como, por exemplo, a conserva de pepino, de couve-flor, a maça o tomate secos. Todas estavam contentes por receber a oportunidade de aprender algo diferente. Neste dia elas também aprenderam a fazer outras geléias como a de erva-mate e gengibre e a de abacaxi com pimentão.

Entrega de mudas no Quilombo de Timbaúva

A entrega das mudas foi realizada no dia 06/08/09, na Comunidade Quilombola de Timbaúva na cidade de Formigueiro - RS.

A equipe do Programa Pilão já entregou cerca de 500 mudas nos três Quilombos ( Palma, Silêncio e Timbaúva) que o Programa apoia; a entrega é realizada conforme critério de necessidade e a escolha das mudas é sugestão dos prórios quilombolas.
Eleodora é uma das quilombolas beneficiadas com o Programa Pilão, que visa gerar trabalho e renda para as Comunidades Quilombolas e rurais, existentes nos municípios próximos de Santa Maria- RS.



Seminário de Segurança Alimentar




Ocorreu no dia 23/07/09, na Comunidade Quilombola de Silêncio (cidade de Restinga Seca, RS) o primeiro Seminário de Segurança Alimentar feito em três etapas e quatro dias: a primeira etapa foi realizada no dia 28/04/09, em que foi concordado com as Comunidades de Restiga Seca as datas e as pautas do Seminário; e, as etapas seguintes foram a realição deste em dois dias (23/07/09 , 04/08/09 e 05/08/09), com a Engenheira Agrônoma Lori Brandt, em que foram discutidos os cultivos de alimentos e plantas medicinais para uso das Comunidades Quilombolas e rurais envolvidas no Programa Pilão. "A idéia desta oficina surgiu para propor aos agricultores quilombolas o cultivo de alimentos orgânicos, livres de agrotóxicos, por ser uma produção pequena e de uso próprio deles", diz a Coordenadora executiva do Pograma, Vânia Paulon.

Compostagem em Silêncio


Silêncio é o nome de uma Comunidade Quilombola existente na cidade de Restinga Seca- RS, é uma das Comunidades com que o Programa Pilão trabalha.

Na quarta-feira (05/08/09) uma equipe do Programa visitou a Comunidade, junta a Engenheira Agrónoma Lori Brandt, a fim de ensinar os quilombolas a fazer compostagem, reciclagem e limpeza do ambiente de trabalho, a terra a ser cultivada.
Neste dia também a Profª Lori identificou cerca de 20 espécies de plantas medicinais diferentes, entre elas o ginseng, o amargol e a insulina.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Política Nacional de Saúde da População

A cidade de Porto Alegre/RS sediou o Seminário de Política Nacional Integral de Saúde da População Negra.O evento aconteceu do dia 15 a 21 de julho na Assembléia Legislativa e teve como organizador o técnico em auditoria do ministério da Saúde do RS, Stênio Dias Rodrigues.




Presenças importantes estavam presentes como Arnaldo Marcolino da Silva, Sandra Regina Martini vial, Diretora da Escola de Saúde Pública, o Deputado Estadual Raul Carrion, a Coordenadora do Ministério da saúde, Jacinta de Fátima sena da Silva, entre outros.





O seminário teve como objetivo apresentar, debater e criar uma agenda sobre a inserção da Política Nacional Integral de Saúde da População Negra .Vania Paulon e Mirian Oliveira,coordenadoras do Programa Pilão( projeto promovido pela Universidade Federal de Santa Maria), estiveram presentes no acontecimento, colocando suas propostas para a área da saúde no que diz respeito as Comunidades remanescentes dos Quilombos.












Da esquerda p/ direita:Arnaldo Marcolino,Sandra Regina Martini Vial, Raul Carrion





Dados divulgados por Stênio( Técnico em auditoria do Ministério da Saúde no RS), explica que é necessário amparar uma política pública de saúde que priorize as particularidades dessa etnia, como tratar da situação de homens negros que possuem maior propensão ao câncer de próstata ou ainda o câncer de útero que atinge três vezes mais as mulheres negras. A doença chamada Anemia Falciforme tbm foi abordada durante o seminário, já que essa é uma doença hereditária do sangue e atinge um em cada 1.000 cidadãos brasileiros.




Raul Carrion apresentou o Estatuto Estadual da Igualdade Racial, no qual,, aborda o projeto Lei nº 38/2009.Ela institui o combate a Intolerância Religiosa e dá outras providências,sobre o Direito à vida , saúde, cultura, educação, esporte e ao lazer.O estatuto também trata do acesso do Negro ao mercado de trabalho, assegurando a igualdade de oportunidades seja através de um sistema de cotas no acesso aos cargos públicos, seja através do estímulo.


Outro ponto importante dentro do Estatuto Estadual da Igualdade Racial trata das terras quilombolas .Assegura o artigo 68 do ato das disposições Constitucionais Transitórias da constituição Federal e Lei Estadual nº11.731, que enfatiza aos remanescentes das comunidades de quilombos que estejam ocupando terrras quilombolas no Rio Grande do sul serão reconhecida à propriedade definitiva desta, , estando assim o estado autorizado a emitir títulos relativos.


Desta forma as Comunidades quilombolas poderão lutar para que o resgate de suas raízes sejam respeitadas e protegidas perante a lei.




terça-feira, 26 de maio de 2009

Cooperativismo e a Comunidade
por Larissa Paz


Professores da área de cooperativismo, que estão atuando juntamente com o Programa Pilão, visitaram a Comunidade de Timbaúva, em Formigueiro, no dia 15 de maio. O professor da UFSM, Abel Panerai, responsável pela parte de cooperativismo, explicou à comunidade como serão ministradas as aulas. Em um primeiro momento, Panerai procurou observar como ocorre a integração do Quilombo.

Cléa dos Santos Moraes, que vai trabalhar a busca da auto-estima e conscientização com os moradores, também falou da sua experiência nesse campo principalmente com comunidades de outras cidades.

Abel Panerai e Batista Souza da Silva conversando sobre a comunidade

A coordenadora Executiva do programa, Vânia Paulon, falou sobre a plantação de moranguinhos na região. Já Batista Souza da Silva, explicou a equipe sobre os pedidos realizados pelo quilombo. Abel frisou que as comunidades precisam fazer uma associação com CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica), para mostrar que existem.

Em uma roda de chimarrão moradores do Quilombo junto com a equipe do programa definiram como irá acontecer o processo para a formação de uma cooperativa.

A comunidade e a Equipe do Programa Pilão

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Escola Major Tancredo de Moraes participa do Programa Pilão
por Larissa Paz

A Escola Major Tancredo de Moraes, situada em Palma. 8º Distrito de Santa Maria, recebeu a Equipe do Programa Pilão. A apresentação contou com a presença de Carmen Deleacil Nassar, responsável pela parte da educação e cultura, Carlos Renan Denardin Dotto, responsável pela preocupação com o meio ambiente, além das representantes do Projeto, Vania Paulon e Silza Lima.


Antes da exposição, alunas do colégio fizeram uma apresentação de dança. As estudantes esclareceram sobre a convivência delas dentro das escolas e sobre a inclusão das crianças moradoras do Quilombo. "O projeto está dando oportunidade de importância para os quilombos",ressaltou Andreza Custódio Rodrigues, da 8ªsérie. Ela falou ainda que o trabalho realizado dentro da Comunidade faz com que os moradores se sintam importantes.




Alunas da escola apresentando dança (Fotos: Larissa Paz)

Durante apresentação Carmen Deleacil Nassar, professora na área de educação e Coordenadora do NEAB (Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros) pela UFSM, responsável pela parte de educação e cultura no projeto, explicou tantos aos professores como também aos alunos e pais, a importância das da implementação das Leis nº 10.639/03, relativa às Políticas Afirmativas e a de nº11.645/08 que visa a inclusão no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Carmen ressaltou que as crianças moradoras dos Quilombos não podem ter vergonha de suas raízes e sim orgulho de suas histórias. "Depois de saberem seu valor jamais ficaram com escondidas", lembrou ela emocionada.

Professora Carmen (de costas) palestrando sobre a importância do negro para sociedade (Fotos: Larissa Paz)

Carlos Renan Denardin, responsável pela área de Meio Ambiente, também enfatizou sobre sua atuação no projeto. Denardin explanou sobre o processo de Educação Ambiental ( Lei 10.350/04), o planejamento em relação ao meio ambiente juntamente com a comunidade.Logo, Renan fez uma pequena reunião com pais e professores da Escola para definir o cronograma do trabalho.

Vania e Renan apresentando o projeto (Foto: Ednei Souza)

Algumas das propostas do Programa Pilão é a exposição da produção elaborada pelas comunidades. A data prevista para o acontecimento é 20 de novembro, dia da Semana da Consciência Negra. Dentre as atividades constam também apresentações artísticas.




quarta-feira, 13 de maio de 2009

Visita do Programa Pilão em Timbaúva
por Larissa Paz


Representantes do Programa Pilão estiveram no dia 24 de abril na Comunidade Timbaúva, em Formigueiro, para apresentar o projeto. O porta-voz do grupo, Batista Souza da Silva, ressaltou a dificuldade de conseguir informações junto à Prefeitura da cidade. Ele explicou que não tem medo de chegar ao setor administrativo de Formigueiro, porém não existe interesse por parte dos governantes. "Fui falar com o prefeito João Natalício Siqueira da Silva e disseram que não podia porque estava em Porto Alegre", colocou Batista.


Representantes do Programa Pilão conversando com Batista Souza (foto: Larissa Paz)

A comunidade reclama do abastecimento de água demorado, e reivindica melhoras, junto à Prefeitura. Os moradores pagam R$ 11,50 por 3.500 litros de água. Segundo Batista, a Emater destinou uma verba de R$ 250,00 para a prefeitura de Formigueiro repassar água às comunidades, mas nem todos receberam.


Eliodora Paula, moradora da comunidade, esperava receber um forno a lenha orçado em oitocentos reais, mas recebeu um no valor de em média trezentos reais. O forno estragou com pouco tempo de uso e só conseguiu trocá-lo depois de ir à Emater reclamar.

Vania Paulon, coordenadora executiva do Projeto Pilão, explicou que este só passou a se desenvolver na comunidade de Timbaúva em fevereiro, quando a verba foi liberada.


Moradores da Comunidade Timbaúva (foto: Edinei Souza)

Em relação à saúde, Vania disse que para solicitar um posto na comunidade, seria necessário que a comunidade declarasse-se como Quilombola."Temos que fazer referência e solicitar ajuda médica", ressaltou ela. A situação na área de saúde na comunidade Timbaúva é muito séria, devido à falta de atendimento médico, partos, etc.


Mesmo assim os quilombolas não perdem suas esperanças e forças na luta pelo reconhecimento. No dia trinta de maio a Comunidade Timbaúva inaugura sua primeira rádio experimental. A iniciativa partiu da Associação Rádio Difusão e Quilombola. A Programação funcionará todo o dia.

terça-feira, 14 de abril de 2009

UFSM apresenta o Programa Pilão
por Larissa Paz


No dia 15 de abril o Programa Pilão - Presenta Negra no Campo fez sua apresentação na UFSM(Universidade Federal de Santa Maria). A exposição ocorreu às nove horas, no Prédio da Reitoria, sala 218.


Da esquerda para direita:Diniz Fronza, Vania Paulon,João Rodolfo A. Flores e Beatriz Righon
(Foto: Larissa Paz)


O evento contou com presenças ilustres como o representante da Prefeitura Municipal de Santa Maria,Rodrigo Menna Barreto,Júlio Ricardo Quinhones dos Santos da SEDUFSM (seção sindical dos docentes da UFSM) entre outros participantes.Outras entidades como Emater e AAMTM(Associação do Amigos do Museu Treze de Maio) também estarão presentes na apresentação.

Na explanação foram mostrados pelos professores e colaboradores do projeto os objetivos trabalhados no projeto:educação, saúde, meio-ambiente, saneamento básico, hortigranjeiros, fruticultura, piscicultura e olericultura.

Prof. Diniz explanando sobre o projeto

Osmar Souza dos Santos ,professor do Colégio Politécnico e responsável pela parte de Aquoponia (agricultura sustentável que combina aquacultura e hidroponia),explicou a técnica na qual irá trabalhar com as comunidades quilombolas.O também professor e coordenador do programa, Diniz Fronza, esclareceu sobre seu trabalho junto as comunidades: a fruticultura

Prof. Osmar explicando o processo de Aquaponia

O programa Pilão visa promover a auto-organização das comunidades quilombolas melhorando a qualidade de vida e elevar a auto-estima de seus cidadãos, através da realização de pesquisas Histórico Cultural e Publicação, criação de Núcleos de Educação Ambiental e processo de formação, qualificação dos integrantes das comunidades quilombolas, incentivo a produção agrícola, agregação de valor de produtos primários e geração de renda, etc.O projeto é composto por representantes da UFSM, ativos e aposentados e também por representantes da sociedade civil.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Programa Pilão - Presença Negra no campo

Raízes Negras no Campo
por Larissa Branco Paz

O Programa Pilão nasceu do Grupo de Trabalho, Cidadania e Ação e Universidade Federal de Santa Maria, em 2005, que movidos pelos problemas existentes nas Comunidades Quilombolas, como a qualidade de vida(alimentação, trabalho),deu início a proposta.
O grupo é composto por representantes da UFSM ativos e aposentados e também por representantes da sociedade civil, que trabalham nos projetos.


Da esquerda para direita: Mirian Oliveira, Albertina Silva, Vania Paulon, Silza lima e Jussara Aguiar

O Programa Pilão abrange três projetos: da comunidade do Quilombo Ernesto Penna ,do Barro Vermelho e do Cerro do louro.

Comunidade Ernesto Penna: Encontra-se a 19 Km de Santa Maria, na região leste, Distrito de Palma- 8ºDistrito do Município.A comunidade teve como origem a libertação dos escravos do proprietário das terras, entre eles o Senhor Arnesto Penna Carneiro.O dono das terras doou mais de 100 hectares de terra ao ex- escravo Arnesto, que por sua vez deixou como herança aos seus descendentes 60hectares.

Quiosque estufa construídos pelo projeto (Foto de Arquivo)


Atualmente a comunidade ocupa apenas um hectare das terras. Tem população de 53 pessoas,na qual 20 são crianças e adolescentes. Os homens trabalham em lavouras vizinhas, temporariamente, de acordo com a necessidade da safra.As mulheres cuidam dos afazeres domésticos e cultivam hortaliças para consumo familiar. Algumas mulheres fazem faxinas em casas dos arredores.

No Quilombo Arnesto Penna 4 adultos são analfabetos, e apenas 10 moradores possuem o primeiro grau. Uma descendente da comunidade cursa o nível superior( Direito-Ulbra de Santa Maria).

Existem problemas sérios de saúde como o do Senhor de 65 anos com deficiência visual e um adolescente de 14 anos com deficiência mental, entre outros.O atendimento à saúde acontece uma vez ao mês, através de uma equipe médica da Secretaria Municipal da Saúde.

A plantação de olerícoras, bem como a pomares que seriam uma forma para o consumo da própria comunidade, sofre com as lavouras ao redor do quilombo devido aos defensivos agrícolas aplicados.A maioria das casas são de madeira com chão batido.A precariedade estende-se também na questão saneamento básico e da energia elétrica que é cedida por uma cooperativa rural com um alto custo.
Por causa das dificuldades e a distância do meio urbano nem todos os programas do Governo Federal chegam a comunidade.


Comunidade do Barro Vermelho: Fica no município de Restinga Seca/RS, aproximadamente 50 Km de Santa Maria.A comunidade é remanescente da Família Carvalho,organizada por mais de vinte famílias, somando aproximadamente 90 pessoas.

Reunião do projeto com a comunidade do Barro Vermelho

Comunidade Timbaúva: Localiza-se no município de Formigueiro/RS, aproximadamente 30 Km de Santa Maria.Trata-se de uma comunidade composta por 70 famílias, já existindo nessa uma Associação Comunitária.No Círculo comunitário desenvolve-se, entre outras atividades, a produção de cana-de-açúcar, oferecendo como subproduto o melado.

Reunião com a Comunidade Timbaúva

Com tudo a comunidade possui grandes dificuldades como a falta de água.Para disporem desse bem primário é necessário carros-pipa transportar. A água é comprada pelos moradores da comunidade.

As outras comunidades existentes na Região Central do Rio Grande do Sul poderão ser trabalhados,segundo esta proposta, em ações a serem construídas no futuro, dependendo da adesão de novos Atores Sociais, privados ou públicos.